George Bush aprova execução de membro do Exército dos EUA
Medida é o primeira do tipo em mais de 50 anos; condenado estuprou e matou na década de 1980
Associated Press
Ronald A. Gray em foto de abril de 1988
AP
Ronald A. Gray em foto de abril de 1988
WASHINGTON - O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, aprovou o pedido do Exército americano para a execução de um soldado condenado por estupro e assassinato. Segundo a BBC, esta é a primeira vez em mais de 50 anos que um presidente americano autoriza uma sentença de morte para um integrante das Forças Armadas. Roland Grey foi condenado em 1988 por crimes cometidos quando servia na base do Exército no Estado americano da Carolina do Norte.
"Embora a aprovação de uma sentença de morte para um membro das nossas Forças Armadas seja uma decisão séria e difícil para um comandante-em-chefe, o presidente acredita que os fatos do caso não deixam dúvida de que a sentença é justa", disse em nota Dana Perino, porta-voz da Casa Branca.
Nos tribunais militares, "o soldado Gray foi condenado por cometer crimes brutais, incluindo dois homicídios, uma tentativa de homicídio e três estupros. As vítimas incluíam um civil e dois membros do Exército. As orações do presidente são para todas as vítimas destes crimes hediondos, suas famílias e todos os outras pessoas afetadas".
Em tribunais civis da Carolina do Norte, Gray se declarou culpado de dois assassinatos e cinco estupros e foi condenado a três e cinco cadeias perpétuas, respectivamente. Posteriormente, em uma corte marcial realizada em abril de 1988, foi declarado culpado de dois assassinatos, uma tentativa de assassinato e três estupros. O júri decidiu condená-lo à morte por unanimidade.
Diferentemente das cortes civis, um membro das Forças Armadas dos EUA não pode ser executado até que o presidente aprove a sentença de morte. Gray está no corredor da morte no Forte de Leavenworth, no Kansas, desde abril de 1988. Apenas 10 membros do Exército foram executados após a aprovação presidencial desde 1951, quando foi promulgado um novo Código da Justiça Militar.
O presidente Eisenhower foi o último líder americano a aprovar uma execução militar. Em 1957, ele aprovou a sentença de morte de John Bennett, um soldado do exército condenado no estupro e na tentativa de homicídio de uma garota austríaca de 11 anos. Ele foi enforcado em 1961.