sábado, 29 de agosto de 2009

Obama diz que Ted Kennedy era "a alma" do Partido Democrata

BOSTON, EUA, 29 Ago 2009 (AFP) - O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prestou neste sábado uma emocionante homenagem ao senador Ted Kennedy, que qualificou de defensor dos pobres e de "alma do Partido Democrata".

"O mundo se lembrará de Ted Kennedy como o defensor dos pobres, a alma do Partido Democrata e o Leão do Senado dos Estados Unidos", declarou Obama.

Em discurso emocionante, Obama se referiu ao "caçula da família que se tornou seu patriarca, o sonhador inveterado que se tornou sua rocha".

No elogio fúnebre pronunciado neste sábado durante a missa de corpo presente organizada na basílica Nossa Senhora do Perpétuo Socorro de Boston (Massachusetts, nordeste dos EUA), Obama também mencionou "a resistência e o humor" de Ted Kennedy, falecido terça-feira aos 77 anos das consequências de um tumor do cérebro, que "venceu mais sofrimentos e tragédias que a maioria dentre nós nunca conhecerá".

"Em vez de se tornar amargo e endurecido, ele se transformou em alegre combatente, que lutou pelos direitos dos outros e se tornou o maior legislador de nossa época", prosseguiu o presidente americano diante da família de Ted Kennedy e dos ex-presidentes George W. Bush, Bill Clinton e Jimmy Carter, entre outras personalidades.

UOL Celular


sexta-feira, 28 de agosto de 2009

Nixon contratou agentes secretos para espionar Ted Kennedy, segundo imprensa

Washington, 28 ago (EFE).- O ex-presidente dos Estados Unidos Richard Nixon contratou agentes secretos para descobrir se o recém falecido senador Ted Kennedy traía sua esposa e frear assim uma possível corrida rumo à Casa Branca, revelou hoje a imprensa americana.

O esquema de espionagem de Nixon sobre Kennedy foi divulgado três dias depois da morte do veterano senador, devido a um câncer no cérebro, através das fitas que o próprio ex-presidente gravou das conversas com seus assessores na Casa Branca.

Em plena campanha pela reeleição em 1972, Nixon, que tinha perdido as eleições de 1960 contra John F. Kennedy, temia que o misticismo do sobrenome voltasse a atrapalhar suas intenções políticas, desta vez através da figura do prestigioso senador por Massachusetts.

"Tem alguém no serviço secreto que possa servir?", pergunta Nixon a seu assessor John Ehrlichman, em uma das fitas nas quais o próprio líder republicano gravou suas conversas mais importantes, entre 1971 e 1973, publicadas no site nixontapes.org.

"Coloque um (agente secreto) atrás dele", acrescenta o governante. "Ou dois. Isto poderia ser muito útil".

As fitas revelam que Nixon, que ocupava o Salão Oval desde 1969, tinha em mente debilitar a imagem de Kennedy ordenando que o serviço secreto de Ehrlichman seguisse cada passo do senador durante suas férias no Havaí e em Martha's Vineyard, no estado americano de Massachusetts, com o objetivo de descobrir algum deslize que desestabilizasse a imagem de seu casamento com Joan Kennedy.

A decepção de Nixon foi evidente, já que o episódio mais escandaloso que seus agentes conseguiram registrar foi Kennedy proibindo sua mulher de vestir shorts muito curtos em um evento de gala na Casa Branca.

"Está totalmente limpo", disse Ehrlichman. "Foi ao Havaí sozinho, ficou na casa de um homem e foi o homem mais correto do mundo o tempo todo"

sábado, 1 de agosto de 2009

Diretor da CIA se diz preocupado com críticas à agência

WASHINGTON, 1 Ago 2009 (AFP) - O diretor da CIA, Leon Panetta, afirmou em uma coluna de opinião publicada neste sábado no site do Washington Post que está preocupado com a quantidade de críticas à agência.

"Estou cada vez mais preocupado, porque esta obsessão com o passado, principalmente por parte do Congresso, pode perturbar o coração das missões da CIA: a compilação de imformações, a análise e as operações secretas", escreveu Panetta, referindo-se às exigências feitas pelo Congresso para que se investigue ações secretas da CIA praticadas durante o mandato do ex-presidente George W. Bush.

Vários congressistas pediram ao presidente Barack Obama uma investigação completa sobre as práticas da agência em função da "guerra contra o terror" empreendida por Bush. O próprio secretário da Justiça, Eric Holder, estuda nomear um promotor independente para coordenar uma eventual investigação, segundo a imprensa americana.

Mas Panetta, que sempre deixou clara sua postura crítica em relação aos polêmicos métodos de interrogatório da CIA, pede uma trégua política.

"Chegou o momento de democratas e republicanos respirarem fundo e reconhecerem a realidade do que aconteceu depois do 11 de setembro de 2001", argumentou.

"A inteligência é uma arma preciosa, mas não uma arma que devamos utilizar uns contra os outros", acrescentou, lembrando que as técnicas de interrogatório que escandalizaram o mundo por serem consideradas tortura, como o 'waterboarding', já foram proibidas.

"As discussões sobre quem sabia o que e quando - ou sobre o que aconteceu há sete anos - esquecem um ponto mais importante: somos um país em guerra em um mundo perigoso, a boa informação é vital para todos nós", afirmou Panetta.
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