Diretor da CIA se diz preocupado com críticas à agência
WASHINGTON, 1 Ago 2009 (AFP) - O diretor da CIA, Leon Panetta, afirmou em uma coluna de opinião publicada neste sábado no site do Washington Post que está preocupado com a quantidade de críticas à agência.
"Estou cada vez mais preocupado, porque esta obsessão com o passado, principalmente por parte do Congresso, pode perturbar o coração das missões da CIA: a compilação de imformações, a análise e as operações secretas", escreveu Panetta, referindo-se às exigências feitas pelo Congresso para que se investigue ações secretas da CIA praticadas durante o mandato do ex-presidente George W. Bush.
Vários congressistas pediram ao presidente Barack Obama uma investigação completa sobre as práticas da agência em função da "guerra contra o terror" empreendida por Bush. O próprio secretário da Justiça, Eric Holder, estuda nomear um promotor independente para coordenar uma eventual investigação, segundo a imprensa americana.
Mas Panetta, que sempre deixou clara sua postura crítica em relação aos polêmicos métodos de interrogatório da CIA, pede uma trégua política.
"Chegou o momento de democratas e republicanos respirarem fundo e reconhecerem a realidade do que aconteceu depois do 11 de setembro de 2001", argumentou.
"A inteligência é uma arma preciosa, mas não uma arma que devamos utilizar uns contra os outros", acrescentou, lembrando que as técnicas de interrogatório que escandalizaram o mundo por serem consideradas tortura, como o 'waterboarding', já foram proibidas.
"As discussões sobre quem sabia o que e quando - ou sobre o que aconteceu há sete anos - esquecem um ponto mais importante: somos um país em guerra em um mundo perigoso, a boa informação é vital para todos nós", afirmou Panetta.
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