sábado, 25 de abril de 2009

No Iraque, Hillary reafirma retirada de tropas e apoio para evitar "vácuo"

colaboração para a Folha Online

Em visita surpresa ao Iraque, a secretária de Estado americana, Hillary Clinton, tentou tranquilizar os iraquianos em visita ao país neste sábado, dizendo que os Estados Unidos não irão abandoná-los, apesar da manutenção da escala de saída das tropas americanas em meio a um recente surto de violência. Ela disse que os EUA farão tudo o que estiver ao seu alcance para conseguir que o Iraque se transforme em um país "estável, soberano e independente".

Na sua primeira visita a Bagdá como chefe da diplomacia americana, Hillary disse que Washington continua comprometido com a retirada dos soldados das zonas urbanas até o próximo dia 30 junho e a retirada total das tropas de combate do país até 2011.

"A nossa estratégia de trabalho com vocês pode estar em uma nova fase, mas nós reafirmamos nosso pleno e permanente compromisso com o Iraque e o povo iraquiano", disse ela à imprensa após uma reunião com o Ministro das Relações Exteriores iraquiano, Hoshyar Zebari.

"Enquanto nós diminuímos militarmente, aprofundaremos nossa cooperação civil", disse Hillary, em pé ao lado Zebari, em um auditório do Ministério das Relações Exteriores.

A retirada vai ser realizada de uma "maneira responsável e cuidadosa", disse ela, e não afetará os esforços para melhorar as forças de segurança do Iraque, ou completar projetos de reconstrução e desenvolvimento.

A chegada de Hillary ocorreu em meio à pior onda de violência em muitos meses, que nos últimos dois dias matou 150 pessoas em atentados cometidos principalmente contra peregrinos xiitas.

"Estamos comprometidos para que o Iraque seja estável, soberano, independente e completamente integrado à região", afirmou Hillary.

A secretária de Estado utilizou esses termos em duas ocasiões distintas durante a entrevista coletiva e também o fez durante uma reunião com representantes de organizações sociais na embaixada dos EUA em Bagdá.

Hillary manifestou seu desejo de trabalhar com os iraquianos além do prazo de retirada das topas, e de que, a partir de 2012, EUA e Iraque aprofundem seus vínculos em áreas políticas e sociais.

A secretária de Estado se referiu também à onda de atentados dos últimos dias e disse que "perturbam os progressos" dos últimos meses.

Os atentados, cometidos na quinta-feira e sexta-feira em Bagdá e na província de Diyala, romperam um período de drástica redução da violência no país.

"Esta violência só reforçou a determinação dos iraquianos para buscar um futuro melhor, e sua resposta e a de seus líderes foi unida e firme", disse Hillary.

Em suas declarações, a secretária americana rejeitou as afirmações do líder supremo iraniano, aiatolá Ali Khamenei, que responsabilizou hoje os EUA por esta onda de violência no Iraque.

Segundo Hillary, essa acusação é "decepcionante" e disse que "está claro que há pistas" que vinculam esses atentados à Al Qaeda "e outros grupos violentos que querem romper o progresso do Iraque".

Zebari saudou a " forte garantia que Hillary deu de que os EUA continuarão a apoiar os esforços do governo iraquiano e o reforço da segurança iraquianas e da estabilidade". Ele disse que as autoridades iraquianas queriam para garantir que não haverá "nenhum vácuo", quando as tropas americanas forem embora.

Hillary deixou claro, no entanto, que os iraquianos, e as forças de segurança em particular, precisam superar diferenças como as divisões sectárias se desejam construir uma nação unida e segura.

Zebari informou que, durante a estadia em Bagdá, Hillary se reuniu com o presidente iraquiano, Jalal Talabani, e com o primeiro-ministro do país, Nouri al Maliki, e descreveu suas conversas como "frutíferas e bem-sucedidas".

Assim como Hillary, o ministro iraquiano defendeu uma transição dos vínculos dos dois países, da relação militar a uma "mútua cooperação econômica, política e científica".

"É necessária uma continuação do apoio dos EUA no Iraque porque ainda existem muitos desafios", acrescentou Zebari.

Com Efe e Associated Press

sábado, 18 de abril de 2009

Chávez presenteia Obama com livro de expoente da esquerda latino-americana


O presidente Venezuelano, Hugo Chávez, presenteia seu homólogo americano, Barack Obama, com o livro "As veias abertas da América Latina", do uruguaio Eduardo Galeano, durante a Cúpula das Américas, em Trinidad e Tobago


O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, presenteou hoje o seu colega americano, Barack Obama, com o livro "As Veias Abertas da América Latina", muito considerado pela esquerda do continente e escrito pelo uruguaio Eduardo Galeano.

A entrega do presente aconteceu no início da reunião entre Obama e os líderes da União de Nações Sul-americanas (Unasul), realizada antes da primeira sessão da 5ª Cúpula das Américas.

Chávez presenteou Obama depois que, ontem, durante a abertura da cúpula, em Trinidad e Tobago, ofereceu sua amizade ao colega americano e lhe deu um apertão de mão.

"Com esta mesma mão, há oito anos, eu cumprimentei (George W.) Bush. Quero ser seu amigo", disse Chávez quando estendeu a mão a Obama na sexta-feira.

Hoje, quando o presidente americano já estava sentado com os líderes da Unasul, o chefe de Estado da Venezuela esperou-o acabar de falar para se levantar e dirigir-se a ele.

Após receber o livro, Obama agradeceu, mostrou o presente às câmeras e pousou-o sobre a mesa.

Galeano, que escreveu "As Veias Abertas da América Latina" nos anos 70, virou um expoente da esquerda americana e presença requente em foros alternativos.

O livro, que conta a história da América de forma cronológica e por meio de relatos curtos, fala dos abusos que os colonizadores europeus cometeram contra os povos nativos e dos saques que a América Latina e o Caribe sofreram.

Fontes da Casa Branca classificaram o livro que Obama recebeu como uma obra acadêmica que representa "a base da teoria sobre a dependência da América Latina" em relação ao vizinho do norte.

terça-feira, 14 de abril de 2009

Entenda a evolução da crise que atinge a economia dos EUA (da Folha Online)


Bancos de diversos ramos --investimentos, varejo, hipotecas--, nos Estados Unidos e em outros países, principalmente a Europa, já sofreram prejuízos bilionários e em alguns casos fecharam, desde agosto do ano passado. A raiz do problema está no mercado de hipotecas norte-americano.

Arte Folha


O mercado imobiliário dos EUA passou por uma fase de expansão acelerada logo depois da crise das empresas "pontocom", em 2001. O Federal Reserve (Fed, o BC americano) passou a reduzir sua taxa de juros, a fim de baratear empréstimos e financiamentos e encorajar consumidores e empresas a voltarem a gastar.

O setor imobiliário se aproveitou desse momento de juros baixos: a demanda por imóveis cresceu, atraindo compradores. Em 2003, por exemplo, os juros do Fed chegaram a cair para 1% ao ano --menor taxa desde o fim dos anos 50.

Em 2005, o "boom" no mercado imobiliário já estava avançado; comprar uma casa (ou mais de uma) tornou-se um bom negócio, não só para quem queria adquirir a casa própria, mas também para quem procurava em que investir. Também cresceu a procura por novas hipotecas, a fim de usar o dinheiro do financiamento para quitar dívidas e consumir.

As companhias hipotecárias descobriram nessa época um nicho ainda a ser explorado no mercado: o de clientes do segmento "subprime", caracterizados, de modo geral, pela baixa renda, por vezes com histórico de inadimplência e com dificuldade de comprovar. O segmento "subprime", assim caracterizado, representa um risco maior de inadimplência que os de outras categorias de crédito. mas justamente por ser de maior risco, as taxas de retorno são bem mais altas.

A promessa de retornos altos atraiu gestores de fundos e bancos, que compraram esses títulos "subprime" das companhias hipotecárias e permitiram que uma nova quantia em dinheiro fosse emprestada, antes mesmo do primeiro empréstimo ser pago. Um outro gestor, interessado no alto retorno envolvido com esse tipo de papel, comprou o título adquirido pelo primeiro, e assim por diante, gerou uma cadeia de venda de títulos.

Porém, se a ponta (o tomador) não consegue pagar sua dívida inicial, ele dá início a um ciclo de não-recebimento por parte dos compradores dos títulos. O resultado: todo o mercado passa a ter medo de emprestar e comprar os "subprime", o que termina por gerar uma crise de liquidez (retração de crédito).

Após atingir um pico em 2006, os preços dos imóveis, no entanto, passaram a cair. Os juros do Fed, que vinham subindo desde 2004, encareceram o crédito e afastaram compradores; com isso, a oferta começou a superar a demanda e, desde então, o que se viu foi uma espiral descendente no valor dos imóveis.

Com os juros altos, a inadimplência aumentou e o temor de novos calotes fez o crédito sofrer uma desaceleração expressiva no país como um todo. Sem oferta suficiente de crédito, a economia dos EUA desaqueceu. Com menos liquidez (dinheiro disponível), menos se compra, menos as empresas lucram e menos pessoas são contratadas.

No mundo da globalização financeira, créditos gerados nos EUA podem ser convertidos em ativos que vão render juros para investidores na Europa e outras partes do mundo. Por isso o pessimismo influencia os mercados globais e atinge tão profundamente a Europa.

Primeiros efeitos

Esse era o cenário quando o o BNP Paribas Investment Partners --divisão do banco francês BNP Paribas-- congelou, em agosto do ano passado, cerca de 2 bilhões de euros dos fundos Parvest Dynamic ABS, o BNP Paribas ABS Euribor e o BNP Paribas ABS Eonia. A alegação do banco era de preocupações sobre os pagamentos de crédito "subprime" nos EUA.

Diante dessa medida, o mercado imobiliário reagiu com pânico. Gigantes do setor hipotecário, como a American Home Mortgage (AHM), uma das 10 maiores empresa do setor de crédito imobiliário e hipotecas dos EUA, pediu concordata. A Countrywide Financial, outra gigante do setor, teve de ser comprada pelo Bank of America.

Citigroup, UBS, Bear Stearns e outros grupos financeiros de escala global perderam bilhões com os papéis ligados a hipotecas "subprime".

Um ano depois

A crise, longe de perder fôlego, teve suas forças renovadas em setembro deste ano. As gigantes hipotecárias americanas Fannie Mae e Freddie Mac deram sinais de que poderiam quebrar. Com quase a metade dos US$ 12 trilhões em empréstimos para a habitação nos EUA em seus registros, o Departamento do Tesouro interveio para evitar o pior: anunciou uma ajuda de até US$ 200 bilhões.

O Lehman Brothers, no entanto, foi deixado à própria sorte: afetado pelas perdas com a crise dos "subprime", o banco viu malograrem tentativas de encontrar um comprador e de levantar fundos junto a outras instituições privadas para tocar suas operações financeiras. Mesmo o governo negou um empréstimo. No último dia 15, a solução encontrada pelo banco foi pedir concordata.

Ao fim do Lehman se seguiram a venda do Merrill Lynch ao Bank of America; a ajuda de US$ 85 bilhões à seguradora AIG, também sob risco de quebrar por falta de fontes de captação de empréstimos; a quebra do banco do segmento de empréstimos em poupança ("savings & loans") Washington Mutual (WaMu) --no que, segundo analistas, foi a maior falência de um banco nos Estados Unidos--; e a venda do Wachovia, quarto maior dos EUA, que anunciou a fusão com o Wells Fargo, em uma operação de US$ 15,1 bilhões em troca de ações.

Os problemas do Wachovia têm boa parte de sua origem na aquisição da companhia hipotecária Golden West Financial em 2006, por cerca de US$ 25 bilhões, quando o mercado imobiliário ainda estava em um momento de euforia. Com a compra, o Wachovia assumiu US$ 122 bilhões em hipotecas do tipo 'Pick-A-Payment', na qual a Golden West era especialista. Nessa modalidade, os mutuários tinham permissão para deixar de fazer alguns pagamentos.

Combate

Para combater a onda de quebradeira entre as instituições financeiras e acalmar o mercado, o Congresso dos EUA aprovou o plano de ajuda de US$ 700 bilhões. A aprovação coloca na mão do secretário do Tesouro, Henry Paulson, dinheiro para tentar reverter a crise que abala o mercado financeiro mundial.

O plano do governo americano é usar os US$ 700 bilhões para comprar um artigo conhecido por um nome pouco atraente: títulos "podres", ou papéis cujo resgate é muito improvável --conseqüentemente, cujo risco de calote é alto. A maioria destes ativos são ligados justamente às hipotecas "subprime" (de alto risco).

Antes de ser aprovada, a proposta de Bush foi bastante modificada pelos senadores e deputados. A versão incluiu no plano mais US$ 150 bilhões em corte de impostos, benefícios fiscais para a classe média, pequenos empresários e famílias atingidas por acidentes naturais.

Além disso, o pacote limita os poderes do Executivo para gerir o pacote, estreita a vigilância sobre a aplicação dos recursos e reduz os pagamentos milionários aos grandes executivos por trás das instituições financeiras que quebraram.

Antes do pacote bilionário, um outro pacote de estímulo foi aprovado em fevereiro e surtiu algum efeito, com o envio de cheques de restituições aos contribuintes. O dinheiro extra favoreceu os gastos dos consumidores entre abril e julho, o que se refletiu nos dados do PIB (Produto Interno Bruto). No segundo trimestre, a economia cresceu 2,8% (ligeiramente menor que os 3,3% em um cálculo prévio). Analistas dizem, no entanto, que, sem o benefício do dinheiro extra, nos próximos trimestres o desempenho econômico americano deverá ser inferior.

G7 e Tesouro

Em mais um passo na tentativa de amenizar os efeitos da crise financeira, o secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Henry Paulson, anunciou em novembro que o governo daquele país vai comprar ações de instituições financeiras com fundos do pacote de US$ 700 bilhões aprovado pelo Congresso americano.

Os países membro do G7 decidiram tomar "todas as medidas necessárias para desbloquear o crédito e os mercados monetários" para que os bancos disponham de "amplo acesso à liquidez" (oferta de dinheiro).

O grupo dos sete países mais industrializados, reunido em Washington, anunciou a adoção de um "plano de ação" de cinco pontos para enfrentar a crise financeira internacional.

Veja os pontos:

1 - Adotar ações decisivas e utilizar todas as ferramentas disponíveis para apoiar as instituições financeiras importantes para o sistema e evitar sua falência.

2 - Dar todos os passos necessários para descongelar os mercados de crédito e câmbio e garantir que os bancos e outras instituições financeiras tenham amplo acesso à liquidez e fundos.

3 - Garantir que bancos e outros intermediários financeiros maiores possam, segundo sua necessidade, reunir capital de fontes públicas e privadas, em volumes suficientes para restabelecer a confiança e prosseguir com os empréstimos para famílias e negócios.

4 - Assegurar que os respectivos seguros nacionais de depósitos e programas de garantias sejam suficientemente robustos e consistentes para que os pequenos correntistas mantenham a confiança no sistema.

5 - Atuar, quando for apropriado, para reativar os mercados secundários para hipotecas (os mercados de compra de hipotecas por entidades financeiras).

sábado, 4 de abril de 2009

Dólar sob ataque: Governo da China fecha acordos monetários com seis países e amplia influência do yuan, sua moeda, pelo mundo (Correio Braziliense)

O Globo

Manchete: ‘Coisa chique’ – Brasil usa reservas para emprestar US$ 10 bi a FMI
Percentual equivale a 5% do caixa em dólar, China dará 2%

O Brasil usará US$ 10 bilhões de suas reservas para emprestar ao Fundo Monetário Internacional (FMI), dentro do esforço global de recuperação das economias anunciado na véspera pela cúpula do G-20, em Londres. Esse montante representa 5% do total das reservas brasileiras, hoje em US$ 202 bilhões. O volume equivale a duas vezes a atual participação do Brasil no Fundo. A última vez em que o país sacou recursos do FMI foi em 2002, num momento de turbulência pré-eleitoral, quando o banco de Investimento Goldman Sachs chegou a criar o “lulômetro”. O total emprestado pelo Brasil é, proporcionalmente, maior que o da China, que vai desembolsar US$ 40 bilhões, ou 2% das reservas. A União Europeia cederá US$ 100 bilhões. (págs. 1, 29 e 33, Míriam Leitão, Paulo Nogueira Batista Jr (pág. 6) e editorial “Início animador”



Novo tom com Europa
O presidente dos EUA, Barack Obama, usou a sua enorme popularidade na Europa para imprimir novo tom às relações com o continente. “Queremos ser parceiros e não patronos”, disse ele, ontem, em Estrasburgo, onde se reúne a Otan, ao pedir o envio de mais tropas para o Afeganistão. (págs. 1 e 38)

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Folha de S. Paulo

Manchete: EUA perdem 5 milhões de empregos com a crise
País fechou 663 mil vagas em março; desemprego é o maior desde 83

A economia norte-americana fechou mais de 663 mil vagas em março, elevando o número de desempregados no país a 5,1 milhões desde o início da atual recessão, em dezembro de 2007. A taxa de desemprego aumentou de 8,1% para 8,5%, maior percentual desde 1983. No total, existem hoje 13,2 milhões de desempregados nos EUA. As estatísticas, do Departamento do Trabalho, revelam que o número de pessoas em funções precárias ou temporárias cresceu em 423 mil no mês passado; são agora 9 milhões de trabalhadores nessa condição. Mais de 2 milhões dos demitidos perderam o emprego no primeiro trimestre do ano. O governo revisou os dados de janeiro, elevando os desempregados a 741 mil, recorde mensal desde outubro de 1949. (págs. 1 e B4)



Clóvis Rossi – Prestígio de Lula mostra que país não é vira-lata, mas não chega a rottweiler
Lula tem prestígio com Obama e no G20 porque, além de ser cordial com todos, converteu-se ao credo hegemônico no planeta. Popularidade e aceitação não se confundem, no entanto, com liderança. O que também não quer dizer que o papel do Brasil seja irrelevante ou secundário. Tudo somado, fica claro que o Brasil não é mais um vira-lata, mas também não chega a rottweiler. (págs. 1 e B10)

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O Estado de S. Paulo


Desemprego nos EUA chega a 8,5%
É o maior nível desde 1983; recessão já cortou 5 milhões de vagas no país

Os EUA eliminaram 663 mil vagas em março, elevando a taxa de desemprego a 8,5%, a mais alta desde novembro de 1988. Segundo o governo, 5,1 milhões de americanos perderam o emprego desde o início da recessão, em dezembro de 2007. Foram 2 milhões de empregos cortados só no primeiro trimestre deste ano. Para analistas, o tamanho do corte de vagas reduzirá dramaticamente a confiança dos consumidores, atrasando a recuperação da economia. A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico projeta que a taxa de desemprego nos EUA deva chegar a 10,5% até o fim de 2010. (págs. 1 e B1)


Lula quer tirar dólar do comércio
O presidente Lula propôs a seu colega chinês, Hu Jintao, que Brasil e China usem suas moedas no comércio entre si, em vez do dólar. Lula disse que não se trata de “desbancar” o dólar, mas de criar uma “terceira moeda”. (págs. 1 e B4)

Artigo – Paul Krugman – Armadilha
O BC chinês defendeu uma “moeda supranacional” para suas reservas. Foi admissão de fraqueza. A China está numa armadilha de dólares, da qual não escapará. (págs. 1 e B4)



Notas e Informações - O FMI fortalecido pelo G-20
A crise fez bem ao FMI. Sua influência aumentou e os chefes de governo do G-20 realçaram sua importância no combate à recessão e na prevenção de novos desastres financeiros. (págs. 1 e A3)

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Jornal do Brasil


Negócios com a China sem dólar
No momento em que cresce a ideia do uso de uma moeda de reserva global alternativa, o Brasil vai propor à China o abandono do dólar nos negócios entre os dois países – passariam a ser usados o real e o yuan. Para o presidente Lula, a moeda é o de menos, o fundamental é criar “uma nova relação comercial”. (pág. 1 e Economia, pág. A18)

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Correio Braziliense

Manchete: Dólar sob ataque
Governo da China fecha acordos monetários com seis países e amplia influência do yuan, sua moeda, pelo mundo. Com apoio do Brasil, o presidente chinês, Hu Jintao, quer aproveitar a grave crise pela qual passa os Estados Unidos para retirar da moeda norte-americana o papel de referência internacional. Embora não tenham conseguido incluir a proposta na recente reunião do grupo dos 20 países mais ricos do mundo, os chineses vêm ganhando adeptos à ideia e já conseguiram que a Organização das Nações Unidas encomendasse ao prêmio Nobel de economia Joseph Stiglitz um estudo sobre o melhor caminho a seguir. Por enquanto, a alternativa apontada pelo especialista é a adoção, como reserva de valor, de uma espécie de moeda emitida pelo Fundo Monetário Internacional (FMI). (págs. 1 e 18)