terça-feira, 28 de janeiro de 2014


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quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

Efeito da inflação nas eleições

preocupa Dilma

  • Presidente teme que impacto do câmbio sobre os preços possa mudar a percepção dos eleitores
 
BRASÍLIA E SÃO PAULO - O câmbio e seus efeitos sobre a inflação e o crescimento da economia são as maiores preocupações da presidente Dilma Rousseff em 2014. Embora a política fiscal venha sendo apontada pelo mercado como uma das maiores fragilidades do governo, fontes do Palácio do Planalto dizem que a presidente acredita que são os fenômenos que têm impacto direto no bolso dos brasileiros os que podem fazer a diferença nas eleições deste ano. Além disso, Dilma já recebeu da equipe econômica um sinal positivo para o desempenho das contas públicas este ano.
Segundo os técnicos, ao contrário do que ocorreu em 2013, as receitas estão se recuperando e as despesas tendem a ficar mais contidas, a partir de junho, em função de restrições da lei eleitoral. Assim, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, crê que será possível realizar um superávit primário (economia para o pagamento de juros da dívida pública) acima do previsto na proposta orçamentária, já considerando abatimentos de investimentos e desonerações, que é de 1,1% do Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos no país).
- Fazer o primário vai ser mais fácil em 2014. O fiscal não é o grande problema deste ano - disse uma fonte do Planalto. - O temor está no câmbio, que é algo que não se pode controlar.
Para o economista-chefe do Banco Votorantim, Roberto Padovani, é justificada a preocupação do Planalto. Ele lembra que a inflação já está muito próxima do teto da meta do governo, de 6,5%:
- O câmbio bate direto na inflação, que já está rodando num patamar elevado. Com isso, a margem para absorver choques, como ocorreu com os alimentos em 2013, é pequena.
O Banco Central (BC) elevou os juros a 10,5% ao ano para segurar a inflação, o que estimularia o fluxo de dólares de investidores para o país e reduziria a taxa de câmbio. Mas o corte dos estímulos monetários à economia nos EUA pode anular esse movimento. Para Padovani, pesa ainda a desconfiança de investidores quanto à política fiscal de Dilma.
Após dois dias de baixa, o dólar subiu 0,98% nesta terça-feira, ante a expectativa de que o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) continuará reduzindo os estímulos. A moeda fechou a R$ 2,361 na venda. Já o Ibovespa, principal índice do mercado de ações, teve um dia volátil e fechou com queda de 0,34%, aos 48.542 pontos e volume de R$ 6,6 bilhões. (Colaborou João Sorima Neto)


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/economia/efeito-da-inflacao-nas-eleicoes-preocupa-dilma-11365768#ixzz2r7NeqojQ
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quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Frio congelante e calor fatal: quando temperaturas extremas podem matar?

Saiba como nosso corpo reage ao calor e frio intensos nesta época de inverno rigoroso no Hemisfério Norte e verão muito quente no Sul


Enquanto banhistas tentam se refrescar do calor de até 39,8ºC na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, moradores de rua enfrentam temperaturas negativas com lareira improvisada nos Estados Unidos Foto: Mauro Pimentel / Terra e Michael Patrick/AP / Arte Terra
Enquanto banhistas tentam se refrescar do calor de até 39,8ºC na praia do Arpoador, no Rio de Janeiro, moradores de rua enfrentam temperaturas negativas com lareira improvisada nos Estados Unidos
Foto: Mauro Pimentel / Terra e Michael Patrick/AP / Arte Terra
A costa leste dos Estados Unidos enfrentou ontem seu dia mais gelado em quatro décadas, com uma queda histórica das temperaturas que, aliada ao intenso vento, provocou sensação térmica de até -50ºC em alguns pontos. A intensa onda de frio foi provocada por um "vórtice polar" – uma massa de ar densa e fria que gira no sentido anti-horário –, e Estados como Minnesota viram descer seus termômetros até -48ºC, batendo recordes de duas décadas, acompanhada de neve e chuvas de granizo. Tais temperaturas são difíceis de se imaginar no Brasil, onde no mesmo período foi registrado calor de quase 40ºC no sul do Brasil, onde o clima costuma ser mais ameno.


O "vórtice polar" que atingiu os Estados Unidos esta semana é um ciclone de ar extremamente frio situado normalmente no norte do Canadá, mas que se deslocou para o sul acompanhado de fortes rajadas de vento. O fenômeno ligou o alarme no nordeste e meio-oeste do país, onde escolas foram fechadas, milhares de voos cancelados e recomendando que os cidadãos, na medida do possível, não saiam de suas casas. O frio é tanto que inclusive os ursos polares e os pinguins dos zoológicos de algumas cidades como Chicago foram cobertos.

O frio registrado em boa parte dos EUA foi tão intenso que a água quente, em ponto de fervura, de um copo lançada ao ar congela quase instantaneamente, passando a se transformar automaticamente em neve. A severa frente fria afeta 140 milhões de pessoas de 26 Estados e provocou milhares de atrasos e cancelamentos de voos, além de cortes de luz em diversas regiões. Existe risco de hipotermia, e não é recomendado permanecer parado à intempérie durante muito tempo. Combinadas com rajadas de vento, temperaturas tão baixas são potencialmente fatais. Mais de uma dezena de mortes foram registradas, de maneira direta ou indireta, devido ao mau tempo e baixas temperaturas nos Estados Unidos. 

Nevascas e frio extremo atingem os Estados Unidos

Efeitos do frio extremo
Quando a temperatura fica abaixo dos -25ºC, a pele exposta fica congelada em questão de minutos e a hipotermia não demora a surgir. O frio intenso pode provocar graves lesões na pele em poucos minutos de exposição ao ar livre. As autoridades recomendam usar manoplas ao invés de luvas, não permanecer na rua molhados e, se as circunstâncias permitirem, não ir para as ruas de modo algum. Os habitantes são convocados a permanecer em suas casas e a fazer estoques de alimentos.

Os sintomas do congelamento são a perda da sensibilidade e a palidez nos dedos, orelhas e nariz. A hipotermia se manifesta com perda de memória, desorientação, fadiga e calafrios. Neste caso, deve-se levar a vítima a um lugar coberto, fornecer bebidas quentes e depois ir ao médico. Autoridades pediram aos americanos que fiquem dentro de casa e estoquem alimentos e remédios. Especialistas alertam à população que a pele exposta a tais condições pode sofrer queimaduras em menos de cinco minutos.


Efeitos do calor extremo
Se o frio intenso pode causar queimaduras, imagine se expor a temperaturas muito quentes. Na segunda-feira, enquanto os Estados Unidos registravam temperaturas entre 11 e 22 graus abaixo da média, a temperatura chegava aos 41,1°C em Santa Rosa, cidade argentina na província de La Pampa. O país registrou a pior onda de calor em seu território no último século. A umidade relativa do ar era de apenas 9%, uma situação de emergência pelos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Ficar em um ambiente muito quente (com temperaturas acima de 40ºC) por períodos prolongados dificulta o controle térmico do corpo e pode causar a condição conhecida como hipertermia.

Se houver exposição prolongada ao calor em excesso, é possível aparecerem sintomas como aumento da irritabilidade, fraqueza, depressão, ansiedade e dificuldade de concentração. Sintomas mais graves, como desidratação, insolação e cãibras, estão entre os principais indícios do calor extremo no organismo, que também costuma causar náuseas, vômito e suor intenso. Aumenta ainda o risco de câncer de pele – o mais frequente na população – e há a possibilidade de ocorrer queimaduras solares que, se não tratadas, podem evoluir para um câncer de pele.

Altas temperaturas lotam praias do País no começo do verão

Com informações das agências AFP, EFE, Reuters e do Climatempo.

Terra