terça-feira, 27 de novembro de 2007

Obama volta a criticar a guerra e promete fechar Guantánamo

28/11/2007 - 01h56

da Efe, em Washington

O pré-candidato presidencial democrata americano Barack Obama reafirmou nesta terça-feira (27) a sua intenção de iniciar a retirada militar do Iraque e de fechar a base militar de Guantánamo, em Cuba, se ganhar as eleições de novembro de 2008.

Num fórum sobre política externa em Portsmouth (New Hampshire), o senador também expressou sua intenção de aplicar uma política de aproximação diplomática com governantes de países hoje considerados adversários dos Estados Unidos.

"Nossa capacidade de liderança vem sendo reduzida por nossas próprias bravatas e pela recusa a falar com países que não são de nosso agrado", criticou.

Em discursos anteriores, Obama disse que está disposto a se reunir com governantes de Cuba, Venezuela, Coréia do Norte e Irã, países abertamente antagônicos à política externa americana.

Sobre o Iraque, o senador do estado de Illinois criticou "uma equivocada guerra que nunca deveria ter sido autorizada". Ele prometeu que, se eleito, iniciará a retirada das tropas americanas a partir de março de 2008.

Obama, ao contrário de Hillary Clinton, sua principal rival dentro do Partido Democrata, em 2002 votou contra a intervenção militar no Iraque.

Em seu discurso, Obama disse ainda que os primeiros passos dos EUA para estabelecer sua autoridade moral devem ser o fechamento de Guantánamo e o aumento na ajuda contra a pobreza e a aids no mundo todo.

Obama também alertou que o Congresso não aprovou uma intervenção militar contra o Irã, país que os EUA acusam de desenvolver um programa atômico com fins bélicos. Mas se comprometeu com uma política enérgica se o governo iraniano mantiver a sua política nuclear.

http://www1.folha.uol.com.br/folha/mundo/ult94u349259.shtml

segunda-feira, 12 de novembro de 2007

Kruel vê Costa resistindo às pressões dos americanos (Tribuna da Imprensa há 40 anos)

O marechal Amauri Kruel reconheceu ontem - ao contestar as denúncias de possibilidade de golpe contra o Congresso, feitas pelo deputado Hermano Alves - a existência de pressões norte-americanas em vários setores governamentais, mas afirmou que "o presidente Costa e Silva está resistindo e tem todas as condições para resistir".

O ex-comandante do II Exército argumentou, contra as afirmações do deputado Hermano Alves, que "o marechal Costa e Silva já conteve os grupos militares de tendência totalitária e deseja, efetivamente, o fortalecimento do regime democrático". Concorda entretanto em que o País se encontra realmente numa encruzilhada, "mas o chefe do Governo tem feito tudo para garantir a normalidade institucional".

Fonte: Tribuna da Imprensa Online

http://www.tribuna.inf.br/40anos.asp

sábado, 3 de novembro de 2007

Tio Sam vira gordinha de Botero em "Super Size Me"

05/07/2004

FERNANDA LIMA
Especial para a Folha de S.Paulo

Simples, irônico e interessante, o documentário "Super Size Me" aborda a alimentação moderna e revisita os pecados da gula elegendo seu maior alvo: Ronald McDonald, o palhaço virtual que conclama as crianças a consumir sanduíches e guloseimas da cadeia mundial.

Com visão critica, invade os sótãos dessas cozinhas buscando a causa do elevado índice de obesidade da população dos EUA. Logo no começo, o diretor relembra os tempos de criança, quando a família se reunia em casa todos os dias para compartilhar as refeições preparadas por sua mãe.

Morgan Spurlock conclui que a técnica publicitária é desenvolvida para seduzir e condicionar crianças. O palhaço é o símbolo de divertimento nos parquinhos coloridos das lojas, além de aparecer sempre nos comerciais. Com a idéia de comprovar a notoriedade de Ronald, o diretor faz um teste em que mostra fotografias para as crianças, que reconhecem, sem titubear e com sorriso no rosto, o palhaço. Numa das fotos, Jesus Cristo é confundido por uma delas com George W. Bush.

A estética do filme é caseira, com algumas falhas, mas é bem editado e montado. Momentos hilariantes são mostrados em animação, como a feitura dos McNuggets, em que galinhas velhas e improdutivas são depenadas, trituradas e fritas.

Assim, não vou me assustar se o Tio Sam, cedo ou tarde, aparecer retratado como uma daquelas gordinhas de Botero...

Fernanda Lima é apresentadora de TV e jornalista

Fonte: Folha Uol
http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u45644.shtml

sexta-feira, 2 de novembro de 2007

Bomba atòmica: Piloto que jogou bomba em Hiroshima morre aos 92 anos

OHIO (EUA) - Paul Tibbets, piloto e comandante do bombardeiro norte-americano B-29 que lançou a bomba atômica em Hiroshima, Japão, morreu ontem aos 92 anos, informou um porta-voz da família. "Tibbets morreu em sua casa em Columbus por complicações generalizadas de saúde", disse Gerry Newhouse, um amigo.

Ele havia pedido para que não fosse realizado um funeral para ele nem que seu corpo fosse enterrado em um túmulo com lápide, temendo que o local viesse a ser palco de protestos. Em uma entrevista em 2005, Tibbets disse que queria ser cremado e suas cinzas jogadas no Canal da Mancha, onde adorava voar durante a Segunda Guerra.

Em 6 de agosto de 1945, Tibbets, comandando o avião Enola Gay, batizado em homenagem à mãe dele, jogou a bomba atômica de cinco toneladas, apelidada de "Little Boy", sobre Hiroshima, matando entre 70 mil e 100 mil pessoas. Foi a primeira vez na história que uma bomba atômica foi jogada contra seres humanos. Três dias depois, os EUA jogaram uma segunda bomba atômica contra Nagasaki, matando outras estimadas 40 mil pessoas. O Japão se rendeu poucos dias depois, pondo fim à Segunda Guerra Mundial.

Tibbets, então um coronel de 30 anos, nunca expressou remorso por sua ação. Ele dizia que apenas cumpriu um dever patriótico. "Não tenho orgulho de ter matado 80 mil pessoas, mas tenho orgulho de ter sido capaz de começar do nada, planejar (a missão) e tê-la feito funcionar perfeitamente como funcionou", afirmou ele em uma entrevista em 1975. "Estávamos em guerra (...) Você usa tudo ao seu dispor (...) Durmo tranqüilamente toda noite", contou.

Em 2005 surgiram rumores de que Tibetts havia sido preso ou se suicidado. "Eles diziam que eu estava louco, tinha virado um bêbado, entrando e saindo de hospitais", comentou ele em entrevista ao jornal "The Columbus Dispatch" em 6 de agosto de 2005, por ocasião do 60º aniversário do lançamento da bomba. "Na época, eu estava administrando o Centro Nacional de Crise no Pentágono".

Após ir para a reserva como brigadeiro em 1966, ele mudou-se para Columbus onde administrou um serviço de táxi aéreo até se aposentar em 1985. Mas seu papel no bombardeio trouxe para ele fama - e infâmia - por toda sua vida. Em 1976, ele foi criticado por participar de uma representação do bombardeio a Hiroshima em um show aéreo em Harlingen, Texas.

Ele sobrevoou o show com um B-29, enquanto uma bomba plantada em uma pista abaixo criava uma coluna de fumaça em forma de cogumelo, fazendo lembrar a explosão em Hiroshima. O Japão ficou ultrajado com a apresentação e posteriormente o governo dos EUA emitiu um pedido formal de desculpas.



http://www.tribuna.inf.br/noticia.asp?noticia=internacional07