Candidatos à Presidência americana defendem uso do etanol e fim dos subsídios agrícolas
Sabrina Craide
Enviada especial
Nova York (Estados Unidos) - O uso do etanol como alternativa energética para os Estados Unidos foi um dos assuntos tratados pelos candidatos à Presidência norte-americana no debate realizado ontem (26) na Universidade de Mississipi (EUA). O candidato republicano, John McCain, defendeu o fim dos subsídios agrícolas para o etanol.
Questionado sobre que medidas adotaria se vencesse a disputa, ele disse que eliminaria a ajuda dada pelo governo aos produtores do país.
O democrata Barack Obama defendeu que os Estados Unidos sejam independentes na área energética, investindo em energias alternativas como solar, eólica e biodiesel. Ele disse que se for presidente, vai garantir que em dez anos o país se libere da dependência do petróleo do Oriente Médio, aumentando a geração energética local.
Apesar do momento político conturbado, o primeiro debate entre os candidatos não teve fortes embates. Os principais pontos abordados por eles, especialmente na primeira parte do programa, foram o pacote do governo americano para solucionar a crise financeira dos Estados Unidos e a necessidade de cortes de gastos nas finanças públicas.
Outro ponto foi a política externa, prevista inicialmente para ser o principal assunto do debate. McCain defendeu a permanência das tropas americanas no Iraque e disse que os Estados Unidos estão vencendo a guerra por causa de uma estratégia bem sucedida.
Obama disse que é preciso reavaliar a aproximação dos Estados Unidos com a Rússia, devido às recentes ações militares na Geórgia. "Não se pode ser uma superpotência e agir como ditador”, criticou.
Os dois candidatos condenaram a utilização de armas nucleares pelo Irã. Para McCain, elas são uma ameaça ao Estado de Israel e podem encorajar outros países. Obama disse que isso poderia desencadear uma corrida armamentista no Oriente Médio.
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