Chefe da Volkswagen nos EUA admite que companhia quis esconder emissões
Procuradoria da Alemanha ordena realização de buscas em sedes da empresa
Horn também afirmou que só soube no dia 1º de setembro deste ano que os veículos do grupo alemão continham o software ilegal e acrescentou que, até esse momento, só sabia que alguns desses automóveis diesel não cumpriam as normas americanas sobre emissões.
O testemunho de Horn foi divulgado hoje no site do Comitê de Energia e Comércio da Câmara dos Representantes, antes mesmo de ele se pronunciar. O executivo deve assinalar que o software ilegal instalado para manipular as emissões de óxidos de nitrogênio está presente em três gerações de motores.
Horn não revelará detalhes da investigação interna realizada pela VW. No dia 18 de setembro, a Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA) divulgou que quase meio milhão de automóveis do Grupo Volkswagen estão adulterados para esconder suas emissões reais.
Segundo Horn, os responsáveis pelo engano "serão identificados" e sofrerão as consequências mas "qualquer informação neste momento é preliminar. Pedimos sua compreensão até que terminemos este trabalho".
Horn também desculpas, "em nome da companhia e de seus colegas na Alemanha", pelo "uso de um programa de software" cujo fim era manipular as emissões durante os testes.
O texto ainda explica que o software ilegal fazia com que os motores "emitissem níveis de óxidos de nitrogênio mais elevados quando os veículos eram dirigidos" em estradas que quando eram testados em laboratório.
Segundo informou a procuradoria de Braunschweig em comunicado, o objetivo das buscas é apreender documentação e suportes informáticos "que possam conter informação sobre o procedimento exato e a identidade dos empregados da companhia envolvidos" nas manipulações.
As buscas foram dirigidas por três escritórios da procuradoria alemã, com apoio das forças de segurança.
Após receber várias denúncias, a procuradoria de Braunchsweig decidiu abrir diligências para investigar uma suposta fraude na adulteração de motores diesel de vários modelos do grupo Volkswagen.
Embora em um primeiro momento o Ministério Público tenha informado que as diligências se centravam no ex-presidente da Volkswagen, Martin Winterkorn, que renunciou pouco após o estouro do escândalo, depois esclareceu que se tratava de uma investigação contra desconhecidos.
A estimativa é que no mundo todo 11 milhões de veículos da VW estão equipados com o software que permite ocultar o nível real dessas emissões durante os testes de laboratório, a maioria deles em países da União Europeia.
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