'Jornalismo impresso está fadado a morrer nos EUA'
Questionada se o fato de o jornal norte-americano veiculado apenas em tablets, Daily, criado pelo empresário da comunicação Rupert Murdoch, ter anunciado o fim de sua circulação nesta segunda-feira (03) não é um contraponto à sua teoria, a editora negou. "É mais fácil para uma revista que já existe tornar-se digital. O Daily era desconhecido. Eles tentaram criá-lo desde o rascunho, não deu certo. A Newsweek é um título famoso, os leitores vão saber onde encontrar", acrescentou.
Tina Brown afirmou que defende um novo modelo de negócios para a sua revista. Esse modelo, explicou, será baseado em patrocínio e cobrança pelo acesso ao website da revista. "Nosso mercado será baseado no patrocínio, que pensamos ser o jeito certo de fazer isso. Eventos como esse (Women of the World Summit) com plataformas digitais, plataformas cruzadas agindo ao mesmo tempo. Muitas dessas histórias que você vê no palco, verá na Newsweek e no Daily Beast (outro site do grupo). Há uma grande sinergia entre o material jornalístico e histórias da vida real. Eventos trazem grandes histórias para serem contadas, e é isso que faz o bom jornalismo", argumentou.
De acordo com Tina, modelos como esse já estão sendo utilizados parcialmente e apresentam sinais de sucesso. "O New York Times, por exemplo", disse, ressaltando que o jornal cobra para que o usuário tenha acesso ao conteúdo do website. "Nós estamos finalmente chegando no ponto certo para superar a crise econômica dos jornais", afirmou.
Tina afirmou não conhecer o mercado jornalístico brasileiro, mas afirmou que, a longo prazo, a digitalização é uma tendência no mundo todo.
0 Comentários:
Postar um comentário
Assinar Postar comentários [Atom]
<< Página inicial