sábado, 5 de maio de 2012
SÃO PAULO - Em sua sexta alta nas últimas sete sessões, o dólar comercial fechou esta sexta-feira (4) com valorização de 0,72%, cotado a R$ 1,926 na venda - seu maior patamar desde 17 de julho de 2009, quando encerrou a R$ 1,928. O dia negativo nos mercados contribuiu para o aumento da demanda por ativos mais seguros. Desta forma, a moeda tem sua 4ª semana seguida de alta, com avanço de 2,08%.
As atenções do mercado ficaram voltadas para o front internacional, com dados do mercado de trabalho dos EUA e o PMI da Zona do Euro. Segundo o relatório de emprego norte-americano, a economia do país criou 115 mil novos postos de trabalho durante o mês de abril, resultado bem abaixo da expectativa de 162 mil. Considerando apenas o setor privado, os postos de trabalho subiram 130 mil, nível também menor do que a estimativa de 167 mil.
Europa também pressiona
Por sua vez, na Zona do Euro, o PMI de serviços da região recuou para 46,7 pontos em abril, frente aos 49,1 pontos de março e abaixo da primeira estimativa, de 47,4 pontos, segundo divulgação do instituto Markit Economics.
A leitura também indica baixa no setor de serviços, que caiu para 46,9 pontos em abril, enquanto que em março o dado havia sido de 49,2 pontos. O resultado também é menor à preliminar de 47,9 pontos.
Poupança em segundo plano
Em menor intensidade, também é possível atribuir às mudanças nas regras de remuneração da poupança a maior aversão ao risco por parte dos investidores.
Segundo as novas diretrizes, sempre que a taxa básica de juro, a Selic, cair para 8,5% ao ano ou menos, a poupança passa a remunerar com 70% da Selic ao ano mais TR (taxa referencial). Quando a Selic estiver acima de 8,5% a.a., a regra permanece a mesma: TR mais 0,5% ao mês.
A possibilidade de uma rentabilidade menor na aplicação abre mais espaço para novos cortes na Selic, que referencia outros investimentos. Assim, a entrada de capital estrangeiro na nossa economia pode ficar menos intensa, o que contibui para a valorização da divisa.
Dólar comercial, futuro e Ptax
O dólar comercial fechou cotado a R$ 1,9253 na compra e R$ 1,9260 na venda, alta de 0,72% em relação ao fechamento anterior. Com esta alta, o dólar acumula valorização de 1,00% em maio, frente à alta de 4,42% registrada no mês passado. No ano a valorização acumulada da moeda norte-americana já chega a 3,08%.
Dólar futuro na BM&F também fechou em alta
Na BM&F, o contrato futuro com vencimento em junho segue cotado a R$ 1,940, valor superior em relação ao fechamento de R$ 1,920 da última quinta-feira. O contrato com vencimento em julho, por sua vez, atinge a marca de R$ 1,945 frente à R$ 1,934 do fechamento de quinta-feira.
O dólar Ptax, que referencia os contratos futuros na BM&FBovespa, fechou a R$ 1,921, queda de 0,34% sobre a cotação de quinta-feira. Na semana, foi registrada um avanço de 1,89%.
Dólar pronto e FRA de Cupom
O dólar pronto, que é a referência para a moeda norte-americana na BM&F Bovespa, registrava R$ 1,9179000.
Por fim, o FRA de cupom cambial, Forward Rate Agreement, referência para o juro em dólar no Brasil, opera a 1,20 para julho de 2012.
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