terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

EUA negam que financiem oposição para conspirar contra Morales

26/02/2008 - 21h15

La Paz, 26 fev (EFE) - O embaixador dos Estados Unidos em La Paz, Philip Goldberg, negou hoje que o país esteja financiando grupos opositores na Bolívia para conspirar contra o presidente boliviano, Evo Morales, como denunciou o chefe de Estado no último domingo.

"Certamente não. Não apoiamos isso", respondeu Goldberg aos jornalistas quando questionado sobre se a agência de cooperação de seu país, Usaid, financia a oposição na Bolívia.

O diplomata americano recebeu hoje em sua residência de La Paz o vice-ministro de Exteriores boliviano, Hugo Fernández, para falar dessa denúncia e ambos qualificaram de "amistosa e cordial" a reunião sustentada.

No domingo, Morales disse que Goldberg lidera uma conspiração interna e externa contra seu Governo e o projeto de nova Constituição a qual promove.

No dia seguinte, seu ministro de Exteriores, David Choquehuanca, afirmou que tem provas que implicam o embaixador "em atividades com a oposição".

"Todo o nosso apoio é transparente", afirmou hoje Goldberg, ao ressaltar que a Usaid está na Bolívia "para ajudar o processo de desenvolvimento do país".

"Disse sempre que queremos melhorar as relações" com a Bolívia, ressaltou o diplomata, enquanto o vice-chanceler se manifestou no mesmo sentido, ao indicar que as "divergências" que surjam entre ambos os países devem ser tratadas "com cordialidade".

Nas últimas semanas, o embaixador dos EUA foi convocado várias vezes pelos ministros de Exteriores e de Governo (Interior) para dar explicações sobre diversos episódios e denúncias de suposta espionagem que causaram tensão nas relações bilaterais.

Por sua parte, o ministro da Presidência, Juan Ramón Quintana, anunciou que viajará em breve aos Estados Unidos para mostrar as "evidências" que o Governo boliviano tem sobre a "ingerência" da delegação diplomática americana em La Paz.

Morales suspendeu a viagem que previa realizar esta semana aos EUA para dar palestras em dois estados, com o argumento de que deve se concentrar nos afetados pelas inundações na Bolívia, que deixaram pelo menos 61 mortos e prejudicaram 73 mil famílias.

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